(Cinnamomum
cassia extract – 50% Polifenóis)
MANUTENÇÃO
DOS NÍVEIS DE GLICOSE SANGUÍNEA
COADJUVANTE
NO TRATAMENTO DOENÇAS INTESTINAIS
COADJUVANTE
NO TRATAMENTO DO ALZHEIMER
COADJUVANTE
NO TRATAMENTO DO CÂNCER
DOSAGEM USUAL: 500 mg, 2 vezes ao dia, durante as refeições.
- INTRODUÇÃO
1.1 CINAMMOMUN CASSIA
A canela é a especiaria obtida da parte interna
da casca do tronco. É muito utilizada na culinária como condimento e
aromatizante e na preparação de certos tipos de chocolate e licores. O sabor e
aroma intensos vêm do aldeído cinâmico ou cinamaldeído.
Seus efeitos positivos para a saúde pode ser em
parte devido à sua composição fenólica como por exemplo a proantocianidinas –
principal polifenol encontrado na canela. [1], [2]
1.2 Polifenóis
Geralmente
os polifenóis são substâncias naturais encontradas em plantas, tais como
flavonóides, taninos, lignanas, derivados do ácido cafeico, dentre outras.
Muitas destas substâncias são classificadas como antioxidantes naturais e
possuem propriedades terapêuticas, estando presentes em alimentos e plantas
medi-cinais. [3], [4]
1.3 Proantocianidinas
As
proantocianidinas contribuem para evitar a oxidação das gorduras no sangue,
ajudando a diminuir o risco de doenças cardiovasculares, possuem efeito sobre a
glicose sanguínea e sinalização da insulina. [5]
- ESTUDOS
CIENTÍFICOS
2.1 Efeito de canela sobre a glicemia pós-prandial, o esvaziamento gástrico e saciedade em indivíduos saudáveis
Estudo transversal realizado com 40 pessoas
saudáveis (8 homens e 6 mulheres entre 20 e 38 anos, IMC entre 18,4 e 26), que
não apresentavam sintomas ou histórico de doença gastrointestinal, cirurgia
abdominal ou diabetes. Após 8 horas de jejum, os indivíduos foram examinados.
Cada indivíduo realizou um teste de glicemia de jejum normal no dia do exame.
Refeição teste: 300 gramas de pudim de arroz
misturada com 6 gramas de canela.
Refeição de referência: 300 g de pudim de arroz.
As refeições foram servidas ao acaso.
Resultados: A ingestão de pudim de arroz com canela resultou
em significativaredução da resposta glicêmica (P< 0,05) na fase
pós-prandial (15, 30 e 45 mi-nutos) em relação à refeição referência.
As áreas médias gástricas da porção final do
estômago foram significativamente (p<0,05) maiores 90 minutos após a
ingestão de pudim de arroz com a adição de canela do que 90 minutos depois da
ingestão de pudim de arroz. Não houve diferenças aos 15 minutos. O valor médio
da taxa de esvaziamento gástrico após a refeição com canela foi estimada em
34,5%, enquanto que depois da refeição de referência foi estimada em 37%. A
ingestão de canela resultou em taxa significativamente menor de esvaziamento
gástrico (p<0,05).
A ingestão de pudim de arroz com canela não
apresentou resultados significativos quanto a saciedade quando comparada à
refeição de referência com pudim de arroz.
Conclusão: o estudo
mostra que a ingestão de 6 g de canela reduziu a glicemiapós prandial e
a taxa de esvaziamento gástrico em sujeitos saudáveis. Esses achados podem
indicar que a redução da glicemia pós prandial após a ingestão de canela pode
ser parcialmente explicada pela redução do esvaziamento gástrico, por que a
taxa de esvaziamento gástrico age como o principal fator na homeostase da
glicose sanguínea em sujeitos normais pelo controle da distribuição de
carboidratos para o intestino. Além disso, a canela tem demonstrado melhorar a
função do receptor de insulina pela ativação do receptor PI 3-quinase e inibição
das tirosino-fosfatos. A canela também tem mostrado estimular a atividade do
receptor de insulina aumentando as concentrações da proteína intracelular IRS-1
e aumentando a ligação para PI 3-quinase, que leva ao aumento da captação de
glicose celular.
O presente estudo mostrou que a presença de
canela numa refeição semi sólida reduziu a resposta da glicose pós prandial em
sujeitos saudáveis e que a causa dessa redução pode ser em parte pelo retardo
do esvaziamento gástrico. [6]
2.3 Efeitos da canela na glicemia,
triglicerídeos, colesterol total, HDL e LDL em pessoas com Diabetes tipo 2.
Um
total de 60 pessoas com diabetes tipo 2, 30 homens e 30 mulheres com ida-de
52,2 + / – 6,32 anos, foram divididos aleatoriamente em seis grupos. Grupos 1,
2 e 3 consumido 1, 3, ou 6 g de canela por dia, respectivamente, e grupos de 4,
5, e 6 foram dadas cápsulas de placebo correspondente ao número de cápsulas
consumidas para os três níveis de canela. A canela foi consumido durante 40
dias, seguido de um período de lavagem de 20 dias.
Resultados:
Após 40 dias, todos os três níveis de canela
reduziram a glicose em jejum sérica média (18-29%), triglicérideos (23-30%),
colesterol LDL (7-27%) e colesterol total (12-26%). No grupo placebo não foram
observadas alterações significativas. Alterações nos níveis de colesterol HDL
também não foram significativas.
Conclusão:
Os
resultados deste estudo demonstram que a ingestão de 1, 3 ou 6 g de canela por
dia reduz a glicemia, triglicerídeos, colesterol LDL e colesterol total em
pessoas com diabetes tipo 2 e sugerem que a inclusão de canela na dieta das
pes-soas com diabetes tipo 2 irá reduzir os fatores de risco associados com
diabetes e doenças cardiovasculares. [7]
2.4 Extrato de canela suprime colite experimental
em camundongos por meio da modulação de células apresentadoras de antígeno
Para
confirmar os efeitos anti-inflamatórios de canela extracto in vivo, a
canela, foi administrada oralmente a camundongos durante 20 dias seguido por
indução da colite experimental com ácido 2,4,6 trinitrobenzenesulfonico. Os
efeitos protetores do extrato de canela contra a colite experimental foram
medidos através da verificação de sintomas clínicos, a análise histológica e
perfis de expressão de citocinas no tecido inflamado.
Resultados: o
tratamento com extrato de canela inibiu a maturação das célulasapresentadoras
de antígenos e células dendríticas por supressão da expressão das moléculas
co-estimulatórias. Além disso, a administração oral de extrato de canela inibiu
o desenvolvimento e progressão da colite intestinal por inibição da expressão
de COX-2 e citocinas pró-inflamatórias (IL-1β, IFN-γ e TNF-α), en-quanto que
aumentou os níveis de IL-10.
Conclusão: este estudo
sugere o potencial do extrato de canela como um agen-te anti-inflamatório,
visando a modulação de células apresentadoras de antíge-nos reguladoras e IL-10
+ células T reguladoras. [8]
2.5 Extrato de canela induz a morte de células
tumorais através da inibição de NFkappaB e AP1
Kwon
et all., em 2010, mostrou que o extrato de canela inibiu vários tumores de
células tumorais in vitro e in vivo suprimindo a progressão de
melanoma. O efeito anti-câncer do extrato de canela foi mediada pela indução de
apoptose e bloqueio de NFkB e AP1, entre outros mecanismos, que incluem a
inibição da angiogênese, potenciando CD8 + citotoxicidade das células T e
indução de apoptose em células tumorais, sugerindo portanto o efeito
anti-tumoral potente de extrato de canela. [9]
2.6 Administração Via Oral do Extrato de Canela na redução da
Oligomerização β-amilóide e correção do Comprometimento Cognitivo em Mode-los
animais na Doença de Alzheimer
Um
número crescente de provas indicam que a acumulação de conjuntos oligoméricos
solúveis de β-amilóide polipeptídeo (Ap) desempenham um papel chave na doença
de Alzheimer (AD). Especificamente, 56 espécies oligoméricas kDa em camundongos
com Doença de Alzheimer mostraram-se correlacionados com a função cognitiva
prejudicada. Através deste estudo mostrou-se que o extrato de canela (CEppt),
inibe fortemente a formação de oligômeros Aâ tóxicos e im-pede a toxicidade de
Ap em células PC12 neuronais. Quando administrado a um modelo de mosca com
Doença de Alzheimer, o extrato de canela aumenta a sua longevidade reduzida,
recuperando defeitos de sua locomoção e abolindo espécies de Ap tetraméricas no
seu cérebro. Além disso, a administração oral do extrato de Canela para um
modelo de camundongos transgênico com Doença de Alzheimer, levou a uma
diminuição marcada em 56 kDa oligômeros Aâ, e consequentemente levou a melhoria
no comportamento cognitivo.
Os
resultados apresentaram uma nova abordagem profilática para a inibição da
formação de espécies oligoméricas Ap tóxico em Doença de Alzheimer através da
utilização de um composto natural: extrato de canela. [10]
3) REFERÊNCIAS:
- CIAGRI – Banco de plantas medicinais, aromáticas e condimentares da
Universidade do Estado de São Paulo. - Cassia, also known as cinnamon or Chinese cinnamon is a tree which has
bark similar to that of cinnamon but with a rather pungent odour,” remarks
Maguelonne Toussant-Samat, Anthea Bell, tr. The History of Food,
re-vised ed. 2009, p.437. - Cowan MM (1999): Plant products as antimicrobial agents. Clin
Microbiol Rev 12: 564–582. - De Eds F (1959): Physiological effects and metabolic fate of
flavonoids. In: Fairbairn JW, ed., The Pharmacol-ogy of Plant Phenolics.
London, Academic Press, pp. 91–102. - Maria Luisa Mateos-Martín, Elisabet Fuguet, Carmen Quero, Jara
Pérez-Jiménez, Josep Lluís Torres “New iden-tification of proanthocyanidins in
cinnamon (Cinnamomum zeylanicum L.)” Anal Bioanal Chem 402, 1327–1336, 2012 - Hlebowicz J, Darwiche G, Bjorgell O, Almer LO. Effect of cinnamon on
postprandial blood glucose, gastric emptying, and satiety in healthy subjects.
Am J Clin Nutr 2007;85:1552–6 - Khan A, Safdar M, Ali Khan MM, Khattak KN, Anderson RA. Cinnamon
improves glucose and lipids of people with type 2 diabetes. Diabetes Care
2003;26:3215–8. - Ho-Keun Kwon, Ji-Sun Hwang, Choong-Gu Lee, Jae-Seon So, Anupama Sahoo,
Chang-Rok Im, Won Kyung Jeon, Byoung Seob Ko, Sung Haeng Lee, Zee Yong Park,
and Sin-Hyeog Im “Cinnamon extract suppresses ex-perimental colitis through
modulation of antigen-presenting cells” World J Gastroenterol. 2011 February
28; 17 (8): 976–986. - Ho-Keun Kwon, Ji-Sun Hwang, Jae-Seon So, Choong-Gu Lee, Anupama Sahoo,
Jae-Ha Ryu, Won Kyung Jeon, Byoung Seob Ko, Chang-Rok Im, Sung Haeng Lee, Zee
Yong Park, and Sin-Hyeog Im, “Cinnamon extract in-duces tumor cell death
through inhibition of NFκB and AP1” BMC Cancer. 2010; 10: 392. - Frydman-Marom, Anat; Levin, Aviad; Farfara, Dorit; Benromano, Tali;
Scherzer-Attali, Roni; Peled, Sivan; Vassar, Robert; Segal, Daniel et al
(2011). Dawson, Ted. ed. “Orally Administrated Cinnamon Extract Reduces β
-Amyloid Oligomerization and Corrects Cognitive Impairment in Alzheimer’s
Disease Animal Models”, PLoS One. 2011; 6(1): e16564.