BANABA LEAF

(LAGERSTROEMIA
SPECIOSA EXTRACT)

1% COROSOLIC
ACID

PROMOTOR
NÍVEIS SAUDÁVEIS DE INSULINA

ATIVIDADE
ANTI-OBESIDADE

COADJUVANTE
NO TRATAMENTO DO CÂNCER

DOSAGEM USUAL: 250 mg, 1 a 2 vezes ao dia.

1) 
INTRODUÇÃO

1.1 Diabetes

Diabetes é uma doença amplamente e seriamente
reconhecida como uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. O
Diabetes, muitas vezes leva a doenças cardíacas, ganho de peso, cegueira,
derrame, insuficiência renal, amputações e lesões nervosas. Atualmente, existem
diversos tipos de drogas antidiabéticas prescritas para diminuir os níveis de
açúcar no sangue e para retardar o desenvolvimento do Diabetes. No entanto,
estas drogas causam vários efeitos adversos, tais como insuficiência cardíaca,
hipoglicemia, insuficiência renal e ganho de peso. Devido aos vários efeitos
colaterais relatados ao longo dos anos, muitos cientistas têm procurado drogas
que venham substituir os antidiabéticos orais. [1],[2],[3],[4],[5],[6]

Tipos de Drogas Antidiabéticas:

Sulfunilureias

Podem causar hipoglicemia. A maioria dos
pacientes se tornam resistentes a estes medicamentos ao longo do tempo, e pode
exigir ajustes de dose ou até mesmo o uso de insulina.

Inibidores da
alfa-glicosidase

Geralmente são bem tolerados e não causam hipoglicemia. Seus efeitos
adversos mais comuns são problemas gastrointestinais, incluindo flatulência,
diarréia e dor abdominal.

Tiazolidinedionas

Geralmente são bem toleradas, mas eles são
estruturalmente relacionada com a troglitazona – causadora de problemas na
função hepática. Pesquisas
demonstraram que depois de 1 a 16 meses de terapia com pioglitazona e
rosiglitazona, alguns pacientes desenvolveram edema grave e sinais de
insuficiência cardíaca congestiva.

1.2 Lagerstroemia speciosa L

Planta cultivada no Sudeste Asiático, Índia e
Filipinas.

Seu
principal ingrediente químico ativo, é um composto triterpênico pentacíclico
chamado ácido corosólico. [7],[8],[9],[10]

1.3 Ácido Corosólico

Substância
extraída da Lagerstroemia speciosa. Existem estudos científicos in
vitro e estudos experimentais em animais (ratos), particularmente devido
à suainfluência sobre o açúcar no sangue, podendo assim ter uma
influência sobre o diabetes. É encontrado em muitas plantas, particularmente
Banaba, mas também na casca de amêndoa, Weigela subsessilis, Perilla
frutescens
, Campsis grandiflora e outras ervas. É um triterpeno pentacíclico e inibe a
fosforilase glicogênio. [11]

1.4 Mecanismo de Ação Banaba Extract:

A) Inibidores de Alfa-Glicosidase e Alfa-Amilase

Ácido Corosólico, componente ativo do Banaba
Extract demonstrou ter atividade contra alfa-glicosidase e contribui para
atividade inibidora de alfa-amilase 26, 38 Ao inibir a ação enzimáticas da
alfa-glucosidase e a alfa-amilase, as moléculas de carboidratos não sofrem
degradação, dessa forma elas não são absorvidas e são enviados diretamente ao
intestino para serem eliminados pelas fezes, sendo uma alternativa segura para
diabéticos que precisam diminuir as taxas de glico-se no sangue e também para
auxiliar nas dietas de emagrecimento. [17]

B) Ativação GLUT4

GLUT4 atua nas células musculares e de
gordura, principais locais de reserva da glicose, ele é o responsável pelo
metabolismo de glicose na célula. Exerce um papel fundamental na regulagem da
concentração de glicose no sangue, visto que o Diabetes tipo 2 é desencadeado
por deficiências na cadeia de processos celulares que envolvem o GLUT4, cuja
ação é estimulada pela insulina. Banaba Extract induz a translocação do GLUT4 para a membrana
plasmática, aumentando assim a captação de glicose. [18], [19]

C) Regulação da Frutose-2,6-bifosfato

A frutose-2 ,6-bifosfato (F-2 ,6-BP)
desempenha um papel crítico na produção de glucose hepática, regulando a
gliconeogênese e glicólise no fígado. Ácido corosólico aumentou a produção de
F-2 ,6-BP, juntamente com uma diminuição dos níveis intracelulares de AMPc,
tanto na presença como na ausência de forscolina em hepatócitos isolados,
estimulando a glicólise e inibindo a gliconeogênese. [20],[21]

D) Facilitadores do Transporte de Glicose

Banaba Extract possui como constituinte
químico principal o ácido corosólico, mas também apresenta alguns tipos de
elagitaninos como Flosin B, Lagertroemin e Reginin A que demonstraram através de
estudos sua atividade como transportadores de glicose ou seja
“insulin-like”.[22],[23]

  • 2)            
    ESTUDOS
    CIENTÍFICOS

2.1 Efeito do ácido corosólico sobre os níveis plasmáticos de glicose

Pesquisadores
japoneses realizaram estudo duplo-cego cruzado com 31 indivíduos, onde foram
administrados por via oral cápsulas contendo 10 mg de ácido corosólico (CRA) ou
placebo, 5 minutos antes do teste de tolerância realizado com 75 g de glicose
oral (TOTG).

Dezenove
indivíduos apresentavam diabetes, sete apresentavam intolerância a glicose, um
encontrava-se em glicemia de jejum, e quatro apresentavam tole-rância normal à
glicose de acordo com os critérios da OMS de 1998.

Resultados: não houve diferenças significativas nos níveis de glicose no plas-ma,
antes e 30 minutos após a administração. Indivíduos tratados com CRA apresentaram menores
níveis de glicose a partir de 60 minutos até 120 minutos e alcançaram
significância estatística em 90 minutos.

Conclusão:
evidenciou-se
que o ácido corosólico (CRA) possui efeito redutor so-bre os níveis plasmáticos
de glicose in vivo em seres humanos. [12]

2.2 Efeitos antidiabéticos do ácido corosólico em
camundongos diabéti-

cos do tipo KK-Ay.

Pesquisadores
japoneses realizaram estudos em camundongos portadores de Diabetes tipo 2 para
evidenciar os efeitos antidiabéticos do ácido corosólico (CA). Após dose única oral de 2 mg/Kg, houve redução
dos níves de glicose sanguínea, níveis plasmáticos de insulina e também houve
redução da glicose san-guínea no teste de resistência insulínica.

Conclusão: estes resultados suportam a hipótese de que o CA melhora o meta-bolismo
da glicose, reduzindo a resistência à insulina. Portanto CA pode ser útil para o tratamento de
diabetes do tipo 2. [13]

2.3 Efeito do ácido corosólico na dieta rica em colesterol e esteatose he
pática em camundongos KK-Ay diabéticos.

Pesquisadores japoneses realizaram estudo para
evidenciar os efeitos do ácido corosólico (CA) na dieta rica em colesterol e na
esteatose hepática em camun-dongos do tipo KK-Ay. Foram preparadas 2 tipos de dieta rica em
colesterol:

Dieta 1: com 0,023% de CA

Deita 2: sem 0,023% de CA

Camundongos KK-Ay foram divididos em 3 grupos
e alimentados com uma dieta normal (controle), com a dieta 1 (CA-camundongo) ou
dieta 2 (HC-camundongo) durante 10 semanas. CA inibiu no grupo (CA-camundongo)
o nível médio de colesterol no sangue em 32% (P <0,05) e o teor de
colesterol no fígado em 46% (P <0,05) em comparação com o grupo controle e
(HC-camundongo) após 10 semanas do início do consumo alimentar. Agudamente, CA
inibiu o nível de colesterol arterial média 4 h após a administração de um
cocktail de alta colesterol em um ensaio de colesterol de carga-por via oral,
em comparação com a de ratinhos de controlo (P <0,05). Estes resultados sugerem
que a CA tem alguns efeitos directos sobre o processo de absorção do colesterol
no intestino delgado. CA pode inibir a actividade de colesterol
aciltransferase, que actua na re-esterificação do colesterol no intestino
delgado, na diabetes do tipo 2. [14]

2.4 Ácido corosólico inibe a proliferação celular
de glioblastoma por ati-vação da supressão de transdutor de sinal e ativador de
transcrição-3 e do fator nuclear-kappa B em células tumorais e associados a
tumores macrófagos

Tumores macrófagos de fenótipo M2 promovem a proliferação do tumor e
estão associados com um mau prognóstico em pacientes com glioblastoma.

Neste estudo, o ácido corosólico inibiu
significativamente a expressão de CD163 – um dos marcadores de fenótipo de
macrófagos M2, e também suprimiu a se-creção de IL-10 – uma das citocinas
anti-inflamatórias preferencialmente produ-zidos por macrófagos M2, sugerindo a
supressão da polarização de macrófagos M2. Além disso, o ácido corosólico inibiu a
proliferação de células de glioblasto-ma e U373 e T98G, e a ativação de
transdutor de sinal e ativador de transcrição -3 (STAT3) e fator nuclear-kappa
B (NF-kB) em ambos os macrófagos humanos e células de glioblastoma.

Conclusão: estes resultados indicam que o ácido
corosólico suprime a polariza-ção M2 de macrófagos e proliferação de células de
tumor por inibição tanto STAT3 e ativação de NF-kB e portanto, o ácido
corosólico pode ser considerado como um tratamento coadjuvante em potencial
para a prevenção e tratamento de tumores. [15]

2.5 Atividade Anti-obesidade dos extratos de Lagerstroemia speciosa Lem estudo com camundongos fêmeas obesas do tipo KK-Ay.

Neste estudo, camundongos fêmea do tipo KK-Ay que estavam apresentando
um ganho de peso corporal considerável foram utilizadas para evidenciar os
efei-tos anti-obesidade do extrato de banaba.

Camundongos fêmeas do tipo KK-Ay foram
alimentadas com uma dieta controle e uma dieta teste contendo 5% de um extrato
de banaba por 12 semanas. Nenhum grupo apresentou as alterações na ingesta da dieta
durante o período experimental. Ganho de peso e tecido adiposo parametrial
foram reduzidos signifi-cativamente no grupo de dieta com banaba. Os níveis de
glicose no sangue não foram suprimidos no grupo dieta banaba, mas hemoglobina
A1C encontrou-se suprimida no final da experiência. Ausência de efeitos sobre
os lípidos séricos foram observados, mas o extrato de ratos alimentados com
banaba mostrou diminuição significativa (65%) no nível de lipídeos hepáticos
totais. Esta diminuição foi devido a uma redução na acumulação de
triglicerídeos. Estes
resultados sugerem que banaba exerceu um efeito benéfico sobre camundongos
fêmeas obesas do tipo KK-Ay. [16]

3) REFERÊNCIAS

  1. Astrup A, Finer N. Redefining type 2 diabetes: ‘diabesity’ or ‘obesity dependent diabetes melli-tus’; Obes Rev. 2000;2:57–912
  2. Kahn BB, Flier JS. Obesity and insulin resistance. J Clin Invest. 2000;106:473–81.3.
  3. Saltiel AR, Kahn CR. Insulin signaling and the regulation of glucose and lipid metabolism. Na-ture. 2001;414:799–806
  4. Kopelman PG. Obesity as a medical problem. Nature. 2000;404:635–43.
  5.  Moller DE. New drug targets for type 2 diabetes and the metabolic syndrome. Nature. 2001;414:821–7
  6. Zhang B, Moller DE. New approaches in the treatment of type 2 diabetes. Curr Opin Chem Biol. 2000;4:461–7
  7. Flora of Pakistan: Lagerstroemia speciosa
  8. Huxley, A., ed. (1992). New RHS Dictionary of Gardening 3: 10.
  9. P. Campagna. Farmaci vegetali. Minerva Medica ed. Torino 2008
  10. Philippine Institute of Traditional and Alternative Health Care
  11. Murakami C, Myoga K, Kasai R, Ohtani K, Kurokawa T, Ishibashi S, et al. Screening of plant constituents for effect on glucose transport activity in Ehrlich Ascites tumor cells. Chem Pharm Bull. 1993;41(12):2129–31
  12. Fukushima M, Matsuyama F, Ueda N, Egawa K, Takemoto J, Kajimoto Y, et al. Effect of coroso-lic acid on postchallenge plasma glucose levels. Diabetes Res Clin Pract. 2006;73:174–7.
  13. Miura T, Ueda N, Yamada K, Fukushima M, Ishida T, Kaneko T, et al. Antidiabetic effects of corosolic acid in KK-Ay diabetic mice. Biol Pharm Bull. 2006;29(3):585–7.
  14. Takagi S, Miura T, Ishihara E, Ishida T, Chinzei Y.” Effect of corosolic acid on dietary hypercho-lesterolemia and hepatic steatosis in KK-Ay diabetic mice.” Biomed Res. 2010 Aug;31(4):213-8
  15. Fujiwara Y, Komohara Y, Ikeda T, Takeya M; “Corosolic acid inhibits glioblastoma cell prolifera-tion by suppressing the activation of signal transducer and activator of transcription-3 and nuclear factor-kappa B in tumor cells and tumor-associated macrophages.”; Cancer Sci. 2011 Jan;102 (1):206-11
  16. Suzuki Y, Unno T, Ushitani M, Hayashi K, Kakuda T. Antiobesity activity of extracts from Lager-stroemia speciosa L. leaves on female KK-Ay mice. J Nutr Sci Vitaminol. 1999;45(6):791–5. 17.Suzuki Y, Hayashi K, Sakane I, Kakuda T (2001) Effect and mode of action of banaba (Lagerstroemia speciosa L) leaf extracts on postprandial blood glucose in rats. J Japan Soc Nutr Food Sci 54, 131-137

17. Holten MK, Zacho M, Gaster M, Juel C, Wojtaszewski JF, Dela F (2004) Strength training in-creases insulin-mediated glucose uptake, GLUT4 content, and insulin signaling in skeletal muscle in patients with type 2 dia-betes. Diabetes 53, 294-305

18. Short KR, Vittone JL, Bigelow ML, Proctor DN, Rizza RA, Coenen-Schimke JM, Nair KS (2003) Impact of aerobic exercise training on age-related changes in insulin sensitivity and muscle oxida-tive capacity. Diabe-tes 52, 1888-1896.

19.Miura T, Itoh Y, Kaneko T, Ueda N, Ishida T, Fuku-shima M, Matsuyama F, Seino Y (2004) Co-rosolic acid induces GLUT4 translocation in genetically type 2 dia-betic mice. Biol Pharm Bull 27, 1103-1105

20. Yamada K, Hosokawa M, Fujimoto S, Fujiwara H, Fu-jita Y, Harada N, Yamada C, Fukushima M, Ueda N, Kaneko T, Matsuyama F, Yamada Y, Seino Y, Inagaki N (2008) Effect of corosolic acid on gluconeogenesis in rat liver. Diabetes Res Clin Pract 80, 48-55

21. Murakami C, Myoga K, Kasai R, Ohtani K, Kurokawa T, Ishibashi S, Dayrit F, Padolina WG, Ya-masaki K (1993) Screening of plant constituents for effect on glucose transport activity in Ehrlich ascites tumour cells. Chem Pharm Bull 41, 2129-2131

22.Hayashi T, Maruyama H, Kasai R, Hattori K, Takasuga S, Hazeki O, Yamasaki K, Tanaka T (2002) Ellagitan-nins from Laegerstromia speciosa as activators of glucose transport in fat cells. Planta Med 68, 173-175.

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